domingo, 1 de abril de 2007

Do Arranca-Corações e de Boris Vian


E pronto, vimos O Arranca-Corações levado à cena pelo GTIST.
Em interpretação de cariz experimental - apanágio do grupo - inspirada na obra e morte de Boris Vian, num espectáculo que não é para todos.

Arrojo e desinibição corporal e oral é ponto a elogiar nos actores. Acima de tudo é uma tremenda e desassombrada representação de grande impacte visual, de luz e som que incomoda, que exalta, que não deixa indiferença. Love it or leave it!

Acrescemos algo mais a nós próprios.















































(Fotos: Tatiana Ivanovsky)
_
_
_
Entretanto o bloguista foi levantar em biblioteca o livro homónimo da peça e transcreve:


IV

98 de Abrilosto

«Cada vez tenho mais horror a esta aldeia», disse Jaimemorto para consigo mesmo, enquanto se olhava ao espelho.
Acabava de cortar a barba.


Relembra-vos algo?_
_

[p.98, Editorial Estampa, tradução de Luiza Neto Jorge]



Conheçam melhor, através de fotografias, o bon vivant:






















_
_
_
_

_
E se quiserem conhecer um extracto poético do multifacetado artista – recordem-se da sua vida indicada no programa do L’Arrache-Coeur, título original – abaixo encontram poema traduzido da língua francesa:

Tudo foi dito cem vezes

Tudo foi dito cem vezes
E muito melhor que por mim
Portanto quando escrevo versos
É porque isso me diverte
É porque isso me diverte
É porque isso me diverte e cago-vos na tromba


Mais obras do artista, que morreu aos trinta e nove anos (1920-1957), editadas em Portugal:

_ _
_ _
_ _
_
_
_
_
_
_
_
_
_
_

Sem comentários: